sexta-feira, 27 de março de 2015

DIA DO TEATRO, MAS O QUE COMEMORAR?



Dia 27 de Março é o Dia Mundial do Teatro, mas fica a pergunta o que temos a comemorar no Recife? A Cada dia temos menos verbas e menos Teatros.

 O Teatro do Parque ficou mais de quatro anos no abandono e só agora começou uma reforma e no seu centenário em agosto deste ano, ele estará com as portas fechadas, porque a previsão de termino na reforma será só em final de 2016.


Em 2014 não tivemos o festival Nacional de Teatro e a gestão tem planos de transforma-lo em bienal. Neste mesmo ano o Teatro Barreto Junior fechou suas portas a espetáculos, devido ao sistema de ar condicionado que está quebrado e necessitando ser trocado, mas infelizmente em nossos equipamentos culturais, as medidas não são preventivas e só acontecem quando não se pode mais remediar.


A verba cada vez é mais escassa o que obriga a gerência de artes Cênicas fazer milagres com os poucos recursos que conta.

Fica a pergunta, este ano o percentual da verba da cultura diminuiu e a do turismo aumentou, será que ninguém nunca ensinou aos nossos gestores que a nossa cultura e nossos artistas, também impulsionam o turismo? E é nosso cartão de visitas, junto com as belezas naturais.


Nossos Teatros precisam de planos de cargos e salários para nossos técnicos, melhores equipamentos e manutenção constante, para não termos outros teatro ficando na situação que chegou o Teatro do Parque.


Precisamos de pessoas que olhem pelo nosso Teatro e não só “medalhões” na gestão, que só fazem pactuar com o descaso e esquecerem que apenas estão gestão e que não são. Um dia vão voltar para o lado de cá.


Viva o Teatro e Mais Respeito aos Artistas!!!

Um Grito ao Parque

"Uma cidade sem cultura
é uma cidade morta.
A arte resiste e se recria,
em novas formas e com novos sons.
Sons que se transformam em verbo
na voz do poeta.
Sons que são música
nos toques dos instrumentos.
A voz grita em resistência a inercia
e ao descaso,
Enquanto o artista reclama e clama,
na sua armadura de palhaço.
Um teatro ao fundo,
espera sua abertura
E (Re) existe
A espera de um novo ato."


Oséas Borba Neto