O Teatro do parque que tantos espetáculos e shows,
presenciou em seu interior em seus 98 anos, neste último sábado dia 24 de
agosto de 2013, dia de seu aniversário, viu a arte acontecer na rua a sua
frente, já que o mesmo encontra-se fechado há mais de 3 anos, devido ao descaso
de nosso poder público.
Das 14 horas inicio do evento ás 20 horas quando
terminou as últimas performances e exibição cinematográfica. Vimos várias “Tribos”
dos usuários da cultura e artistas, que não tiveram medo de mostrarem a cara e
protestarem, mesmo quando a policia militar e guarda municipal, fotografava os
integrantes com um tom de intimidação. Mas o Tom que predominou foi o das
artes, onde cada artista presente fez questão de deixar seu recado e sua
assinatura, neste grito e ecoou com a irreverencia que só eles sabem fazer,
dando um colorido próprio ao #OcuParque, movimento criado com a união de várias
pessoas e coletivos artísticos e sociais.
A Prefeitura um dia antes do evento anunciou o inicio
do projeto de reforma, noticia que já ouvimos outras vezes e nunca se
concretizou, mas desta vez estamos unidos e cobrando, prontos para novamente
intervirmos.
Realmente para muitos artistas presentes, ficou um
sabor amargo da ausência de muitos, que na hora de disputar as pautas, sabem
gritar e estarem presentes. Que no Funcultura enche de projetos todo edital, além
muitas vezes, também encher os corredores e gabinetes de nossas gestões de
cultura nos três níveis. Mas também para os presentes o que contou foi a
qualidade e diversidade dos presentes, ficando para aqueles que só olham para
seus próprios umbigos, a certeza de que a arte luta, com ou sem a participação
destes, mas também com a certeza de que se juntem ao movimento e saiam do
comodismo e tragam sua arte as ruas.
Um sábado que para alguns que estiveram só no inicio
foi fraco, mas para aqueles que estiveram presentes desde o inicio até o fim,
viu a rua do Hospício renascer e se colorir, virar poesia pura, onde crianças e
adultos reaprenderam a sorrir e se divertir com as artes, como nos grandes
eventos que o teatro do Parque já protagonizou e a certeza de que, a cada dia
este movimento ganhará mais corpo e de que nos próximos períodos eleitoras,
ficaremos bem
mais atentos as propostas para nossa cultura.
Vamos em frente, saiamos de nossa zona de conforto e
vamos usar nossa arte como uma arma de conscientização e de mobilização, por
mais respeito à arte e a nossa cultura, em nossa cidade e estado. E que nossos
governantes entendam de uma vez por toda, podemos ser parceiros quando
chamados, mas também sabemos fazer muito barulho, quando somos desrespeitados.
Arte e Cultura em Primeiro Lugar e Reforma do Teatro do Parque, Já!
Oséas Borba Neto
Grupo João Teimoso
Agênc